Greve politizada dos Professores pode prejudicar alunos da rede pública do DF

Por Hudson Cunha

O indicativo de greve anunciado pelo Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) na última sexta-feira (30/7), não tem sido visto com bons olhos pela grande maioria dos profissionais de ensino.

De acordo com a entidade a decisão foi tomada  com o objetivo de garantir que todas as medidas sanitárias contra a covid-19 sejam tomadas antes da volta às aulas.

Contudo, muitos docentes acusam o sindicato de agir politicamente para que as aulas presenciais não voltem a partir do próximo dia 5.

Roger Eris é professor que atua como contrato temporário na rede pública de ensino. Em  entrevista ao Portal 84 NOTÍCIAS, o profissional contou que ele não foi consultado sobre o indicativo de greve, assim como ele, outros também não foram. “Não fomos consultados. Mas creio que a preocupação do sindicato seja válido. Ainda mais, pela preservação da saúde de todos. Porém, estamos vendo o governo agilizar em relação ao retorno. Disponibilidade de recursos sanitários e até mesmo com cursos para os professores de educação sanitária, enfatizou.

O profissional também reforçou que a pandemia trouxe diversos prejuízos para comunidade escolar e que este tipo de manifestação deve ser estudada. ” A pandemia trouxe diversos prejuízos, a contar a evasão escolar dos estudantes, tais como a baixa produtividade. As propostas são viáveis, mas creio que o atual momento precisa ser estudado pra realizar manifestações. 

O que diz o sindicato?

A  diretora do Sinpro-DF Rosilene Corrêa disse que será feita uma fiscalização rigorosa em todas as unidades escolares, e que, no primeiro indício de que o processo de retorno presencial às aulas gere resultados negativos ou que os protocolos estabelecidos não estejam sendo cumpridos, a categoria  será chamada para suspender imediatamente as atividades.

Ações do Governo

Na contramão do que o Sinpro-DF diz, o governo de Brasília determinou o retorno das aulas presenciais de forma planejada. Há uma série de ações preparadas para garantir a segurança da comunidade escolar, que soma cerca de 500 mil pessoas.

No twitter, o governador Ibaneis Rocha lembrou de sua decisão para proteger a comunidade escolar logo no inicio da pandemia.

“O DF foi o primeiro estado a proteger seus estudantes, fechando as escolas antes de todos os demais no começo da pandemia. Agora, retornaremos as aulas presenciais porque dialogamos e ouvimos tanto técnicos da saúde, como da educação e pais e mães”, lembra Ibaneis Rocha

Vale lembrar que os professores foi o único grupo a ter antecipação da segunda dose das vacinas AstraZeneca e Pfizer.

Outra ação do governo, publicada no Diário Oficial  do DF, da última sexta-feira(30), determina a contratação de 346 professores para a rede pública de ensino.

Mais uma decisão visando garantir a segurança da comunidade escolar, é que a volta das aulas será escalonada, de acordo com o nível de ensino. A educação infantil retorna em 5 de agosto. Os alunos do ensino fundamental — anos iniciais, além da educação de jovens e adultos —, recomeçam no dia 9. Para o ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, o retorno está previsto para 16 de agosto. Os alunos do ensino médio e educação profissional retomam as aulas presenciais em 23 de agosto.

E ainda, começou a ser veiculada no último sábado (31), uma campanha publicitária de utilidade pública para a volta às aulas presenciais. O objetivo é esclarecer os alunos sobre os cuidados que devem ser tomados para evitar as contaminações por coronavírus e alertar pais e comunidade escolar de que os protocolos sanitários serão rigorosos e precisam ser cumpridos.

Como todas as tratativas para esse retorno é de conhecimento do Sinpro-DF, por que só agora às vésperas da volta dos estudantes para a sala de aula que o mesmo se movimentou?

Pais de alunos da rede publica do DF, se sentem  seguros com a retomada das atividades escolares.

É  fundamental que esses jovens estejam na sala para diminuir os impactos no seu desenvolvimento ocasionados pelo retrocesso que a educação no DF sofrerá devido à pandemia.

A educação é um pilar fundamental para a reconstrução de um país após crises profundas.

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