Governo conclui obras paralisadas por anos

Desde 2019, o GDF trabalha para finalizar serviços interrompidos e entregar as benfeitorias para a população

Desde 2019, o Governo do Distrito Federal (GDF) trabalha para retomar obras que, por motivos diversos, foram paralisadas. Realizações importantes, mas que se mantinham inacabadas. O esforço da atual gestão foi no sentido de “destravar” esses processos e “arregaçar as mangas” para entregar as benfeitorias para os moradores da capital.

Entre essas intervenções, duas executadas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) chamam a atenção. A conclusão do Complexo Viário Governador Roriz, na Saída Norte, e a recuperação do viaduto da Galeria dos Estados, no Eixão Sul. A primeira beneficiou cerca de 100 mil motoristas que trafegam diariamente na região. E, a segunda, cerca de 120 mil veículos que cortam o Eixo Rodoviário diariamente.

LEIA TAMBÉM:

Iniciada em 2014, as obras do complexo viário na Saída Norte compreendem 28 km de vias, entre pontes, viadutos e ciclovias. Com um investimento total de R$ 220 milhões, o governo concluiu uma obra que, em janeiro de 2019, não havia chegado à metade. Segundo o DER, o conjunto de pistas representou a redução de mais de 55% no pesado trânsito do local, facilitando a vida de moradores de Sobradinho, Planaltina, Asa Norte,  Fercal e cidades vizinhas.

“Essa foi uma obra que resolveu a fluidez do trânsito na Saída Norte da cidade. A ponte do Bragueto, na verdade, virou três pontes, com as vias paralelas que construímos”, conta o diretor-geral do órgão, Fauzi Nacfur Jr. “E a ligação Torto-Colorado melhorou demais. Ali há um grande número de veículos pesados, caminhões circulando. Aumentamos as faixas de rolamento ali e trouxemos mais conforto e segurança para os motoristas”, diz.

Viaduto rompido e entregue com rapidez

Já o viaduto localizado no início do Eixão Sul necessitava ser rapidamente restabelecido, após parte de sua estrutura despencar em fevereiro de 2018. As obras somaram R$ 12 milhões e, em sete meses, o DER-DF terminou a empreitada.

“Nossa gestão assumiu com o trânsito no centro da capital do país paralisado, um viaduto caído e uma reforma que tinha andando só 24%. Era a prioridade naquele momento”, revela Fauzi.  Agora, o departamento trabalha para licitar no próximo mês a pavimentação de 7 km da via DF-131, que liga Planaltina a Planaltina-GO e outros municípios goianos.

Rodoviárias saem do papel

A nova rodoviária de Sobradinho, situada na quadra central da cidade, também se tornou realidade somente em 2021, mesmo com as obras autorizadas desde 2017. Um espaço que veio a beneficiar 28 mil passageiros por dia, sem contar os comerciantes que atuam no local, e onde é realizada uma média de 560 viagens/dia. O custo para a reconstrução da rodoviária foi de R$ 6,3 milhões.

“A verba foi liberada lá atrás por meio de um financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).  Mas acredito que houve falta de interesse da administração anterior em tocar a obra”, afirma o secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casemiro.

“Só haviam feito a demolição da edificação antiga e uma base de alvenaria. A Secretaria de Transporte e Mobilidade usou recursos próprios para complementar e conseguimos finalizá-la”, acrescenta. Além desta, o GDF entregou uma nova rodoviária para Santa Maria ano passado e, agora, trabalha na construção da rodoviária do Sol Nascente/Pôr do Sol e na reforma do Gama.

Corumbá: grande reforço no abastecimento de água

O Sistema Produtor Corumbá de água tratada é outro exemplo. Após uma espera de dez anos, a Caesb e a Companhia Saneamento de Goiás (Saneago) concluíram a estrutura que vai garantir água tratada a cerca de 1,3 milhão de pessoas das duas unidades federativas.

A grandiosa obra, avaliada em R$ 500 milhões, passou por paralisações e atrasos devido à desistência de uma das construtoras em 2014. Houve, ainda, a suspeita de irregularidades nas obras da Saneago, em que foi investigado direcionamento de licitação.

Problemas à parte, os governadores Ibaneis Rocha e Ronaldo Caiado (Goiás) entregaram o sistema pronto no início de abril. “A parte da obra de responsabilidade do DF já estava bastante adiantada, em cerca de 90%. Faltava a de Goiás, pois eles passaram por dificuldades. Mas aceleraram e este ano equalizamos o cronograma”, explica o presidente da Caesb, Pedro Cardoso. “Trata-se de uma construção suntuosa, que vai nos dar tranquilidade por mais umas três décadas em relação ao fornecimento de água para a população”, diz.

Um museu devolvido à população

Fechado desde 2007 por recomendação do Ministério Público local, devido à precariedade das instalações, o Museu de Arte de Brasília (MAB) voltou a dar o ar da graça em 2020. Depois de anos de abandono, a galeria às margens do Lago Paranoá foi restaurada com um investimento de R$ 9 milhões.  Um esforço da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, que licitou a reforma do local, onde são abrigadas cerca de 1,3 mil esculturas.

“Toda a nossa secretaria e a Novacap foram envolvidas para que esse equipamento tão importante fosse revitalizado. Ele é o laboratório cultural onde os artistas fazem experiências, dialoga com o meio acadêmico, não poderia estar fechado”,  ressalta o secretário Bartolomeu Rodrigues.

No momento, a prioridade da pasta é iniciar a reforma do Teatro Nacional, em que a licitação passa por ajustes pedidos pelo Ministério Público. Um dos símbolos culturais de Brasília, o teatro completou oito anos fechado.

RECOMENDAMOS