GDF amplia estratégias para combater a dengue

Tendas foram instaladas na área externa de UBSs para prestar cuidados iniciais aos pacientes e 13 carros aplicam o fumacê em regiões com maior incidência de casos

Com registro de mais de 22 mil casos de dengue, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal amplia as ações para combater a doença. Em Ceilândia, Brazlândia, Planaltina, Sobradinho, São Sebastião e Paranoá, foram instaladas tendas na área externa de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para prestar os cuidados iniciais aos pacientes.

Treze carros também percorrem as ruas das regiões com maior incidência de casos para a aplicação do chamado “fumacê”. As informações foram apresentadas em coletiva de imprensa com gestores da secretaria, realizada nesta terça-feira (19).

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“Esse é um esforço muito grande, mas precisa do apoio da população”, ressaltou o secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache. Ele lembrou que 90% dos focos de criação do mosquito Aedes aegypti estão localizados nas residências e é preciso o engajamento das famílias para adotar as medidas de combate à proliferação do inseto transmissor da zika, dengue e chikungunya. O secretário defendeu que é necessária mobilização semelhante à realizada para promover a vacinação contra a covid-19.

O secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Pedro Zancanaro, explicou que o aumento do número de pacientes com dengue ou síndromes respiratórias tem resultado em superlotação nas unidades de saúde. Por isso, assim que uma região atinge a marca de 1 mil casos de dengue, devem ser ativadas as tendas para reforço do atendimento. “Algumas eram para atendimento à covid e puderam ser convertidas para os cuidados iniciais da dengue”, detalhou.

Durante a coletiva de imprensa, também foi ressaltada a realização de mais de 5.700 cirurgias em 2022 e o recebimento de novos materiais para reforçar os centros cirúrgicos e o atendimento na rede pública.

Caso Gabriel Luiz

O secretário de Saúde iniciou a entrevista lembrando o caso do jornalista Gabriel Luiz, da Rede Globo, que na noite da quinta-feira (14) foi socorrido no Hospital de Base (HBDF) após um caso de violência. O gestor mais uma vez lamentou a situação – ele havia concedido uma entrevista presencial ao jornalista poucos dias antes – e ressaltou a capacidade da rede pública de atender casos graves.

“Gabriel foi atendido depois das 11h da noite e todos os serviços necessários para o atendimento de um trauma gravíssimo, como era o dele, estavam a postos e o atenderam”, afirmou. O secretário lembrou que, além do Hospital de Base, os hospitais regionais de Ceilândia e Taguatinga também são referência para esse tipo de atendimento. “Temos que perceber a grandiosidade de termos um serviço dessa qualidade”, disse.

O tratamento dado ao jornalista seguiu os procedimentos previstos para qualquer cidadão que chega a uma unidade da rede pública com um quadro semelhante.

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