Dia do Deficiente Visual: DF oferece serviços e busca inclusão

Atendimento especializado em saúde, educação e mobilidade para atender público que chega a 70 mil pessoas

O dia de hoje (13) é lembrado como o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual. Um público que busca cada vez mais autonomia e espera por políticas públicas que facilitem seu dia a dia. E eliminem qualquer tipo de preconceito. No Distrito Federal, segundo estimativa da Secretaria da Pessoa com Deficiência (SEPD), são cerca de 70 mil deficientes visuais, considerando os totalmente cegos, pessoas com baixa acuidade visual, com visão monocular, entre outros.

Brasilienses como Igor Carvalho, 25, que possui cegueira total desde recém-nascido. O rapaz trabalha, se desloca pela cidade quase sempre sozinho e leva uma vida normal. É servidor da SEPD, onde trabalha na linha de frente do atendimento a pessoas com deficiência. Na avaliação de Igor, sempre há o que melhorar na legislação que garante os direitos aos cegos. Todavia, a evolução é grande, se comparada a vinte anos atrás.

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“Em 2002, pouco depois de publicada a lei que permite o cão-guia nos espaços públicos, um cego e um cachorro foram expulsos de uma van. Hoje, isso não acontece mais, pois temos mecanismos que nos defendem”, relata. O rapaz, todavia, lembra que é necessário um ‘exercício contínuo de vigilância’. “Não podemos deixar que nos nivelem por baixo. Seja no trabalho ou no contexto social. O preconceito deve ser combatido no rigor da lei”, acredita Igor.

Documentos, mobilidade e educação

No DF, a Lei 6.338/19, sancionada pelo governador Ibaneis Rocha, determinou que os cartórios emitam certidões de registro em braile. E cabe à Secretaria da Pessoa com Deficiência desenvolver projetos e políticas voltadas para os cegos – trabalho que é feito pela diretoria de Tecnologia Assistiva e de Acessibilidade Comunicacional.

“Há uma busca por novas tecnologias que atendam aos cegos. Temos o computador adaptado, a audiodescrição. Nosso pessoal presta uma assessoria e lembra da funcionalidade dessas ferramentas”, explica o secretário da Pessoa com Deficiência, Flávio dos Santos. O gestor destaca ainda o trabalho em prol da acessibilidade para esse público.

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