Os novos centros irão contribuir com mais 13 mil voluntários em 22 locais de pesquisa. No final, metade vão receber a dose da vacina e os outros o placebo.
A notícia da criação de seis novos centros de pesquisa científica para testagem e desenvolvimento da CoronaVac foi dada pelo Governador João Doria, nesta sexta-feira (23), em coletiva no Palácio dos Bandeirantes. Esta vacina já está em fase final dos estudos clínicos que confirmam a segurança e eficácia conta a Covid-19.
Os estudos serão conduzidos em quatro hospitais da periferia de São Paulo, onde a taxa de contágio se mostra mais alta, e outros dois ficarão na região do ABC, onde se localiza a Universidade Municipal de São Caetano do Sul como espaço de testagem. Esses novos centros serão supervisionados por profissionais do Infectologia Emílio Ribas.
A meta defendida pelo Governo de São Paulo é de aumentar a quantidade de profissionais da saúde como voluntários da vacina CoronaVac, até agora 9.039 pessoas, em sete estados, participaram dos estudos clínicos. Com os novos centros, os estudos clínicos serão ampliados para 13 mil voluntários em 22 locais de pesquisa. Nesta fase final da pesquisa, metade dos participantes recebe a dose da CoronaVac, enquanto os demais são vacinados com placebo.
Pelo menos 61 dos participantes com a substancia precisam ser contaminados pelo corona vírus para demostrar a eficácia da CoronaVac. Desse modo, vai ocorrer uma comparação com as pessoas que receberam a vacina e aqueles que testaram positivo para a Covid-19. Para ser submetido a uma avaliação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), será necessário atingir os índices de eficácia e segurança para que ocorra o registro e a campanha de imunização.
A CoronaVac é umas das vacinas mais promissoras e está sendo desenvolvida no Brasil em parceria com Instituto Butantan e a biofarmacêutica Sinovac Life Science. O Butantan tem acordo de compra de 46 milhões de doses e a tecnologia da vacina.