Bloco do Prazer, apoiado pelo FAC, promove um tour carnavalesco para pessoas cegas e com outras deficiências
O Carnaval é para todos! Portanto, as pessoas com deficiência (PcD) também têm espaço na folia. Nos últimos anos, a preocupação em dar acessibilidade à maior festa cultural do país chegou aos blocos de rua. O Bloco do Prazer, que recebe apoio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), está preparando um Carnaval inclusivo, propiciando às pessoas com deficiência uma verdadeira imersão na folia.
Nesta sexta-feira (17), a partir das 16h, na Praça dos Prazeres, localizada na Quadra 201 da Asa Norte, o bloco realizará um tour carnavalesco antes de sua abertura oficial, às 18h, com um grupo de pessoas cegas e com outras deficiências, em um aquecimento para a festa. “Vamos contar a história do bloco e da Praça dos Prazeres, conduzi-los pelo cenário e figurinos dos artistas e apresentar a equipe técnica. Para as pessoas cegas e com baixa visão, uma ação inédita no Carnaval do DF: profissionais vão realizar audiodescrição para que possam, em tempo real, mergulhar nessa experiência cheia de cor, brilho e movimento”, relata Karla Testa, idealizadora e produtora do Bloco do Prazer.
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Ao público PcD, o Bloco do Prazer contará com acessibilidade, espaços exclusivos, intérpretes de Libras e audiodescrição ao vivo.
Quer participar também desse momento de diversão com alegria e segurança? A ação é gratuita e basta comparecer para as comemorações na Praça dos Prazeres.
“O carnaval é um grande encontro que é para todos. As pessoas fazem parte do nosso ambiente e não temos separação. Queremos que todos participem e vivenciem o momento. Venha se divertir conosco”, convida a produtora.
Alegria e segurança
Para a presidente da Associação Brasiliense de Deficientes Visuais (ABDV), Denise Braga, as iniciativas inclusivas dos blocos de rua trazem visibilidade para as pessoas com deficiência também nos momentos de diversão, garantindo a elas o direito de participar da festa popular com segurança e alegria.
“Estão começando a perceber que as pessoas com deficiência têm direito a saúde, educação e cultura e, por que não no Carnaval, que é a arte, a folia, a dança e a alegria? Temos deficiência, mas existimos. Iniciativas como esta, com um olhar diferenciado, nos traz a sensação de inclusão e segurança, e nos encoraja, ainda mais, a viver a vida”, ressalta Denise Braga.
O bancário Lúergio de Sousa, de Águas Claras, folião assíduo do bloco, disse estar pronto para curtir o Carnaval. Nascido com deficiência auditiva, ele está ansioso para curtir a festa com qualidade e diversão. “Nos últimos anos, participei de todos os carnavais no Bloco do Prazer. Sempre fui com um grupo de amigos surdos, pois o bloco oferecia intérpretes de Libras para incluir a nossa participação. Vamos nos reencontrar e, de quebra, curtir um Carnaval de qualidade e com muita alegria”, conta.