Em clima de Copa do Mundo, o brasiliense tem exposição, feira de artesanato e estreia no Cine Brasília entre as opções
Para o fim de semana em que se pode comemorar o bom desempenho do Brasil em seu primeiro jogo na Copa do Mundo, o fim de semana sinaliza diferentes opções de lazer a contemplar um público diversificado. A programação começa com uma atração especial no Museu Nacional da República, a exposição Rádio em Movimento.
Durante muito tempo eles foram a principal atração da sala de estar de muitos lares. Imponentes e eficientes, os rádios modelos “capelinha” eram os olhos e ouvidos dos brasileiros, sendo a principal fonte de informação da nação. Para quem é amante desses artefatos, ainda dá tempo de conferir, até domingo (27), essa mostra, em cartaz na galeria térrea do museu.
Uma iniciativa da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a mostra homenageia também a Semana de Arte Moderna de 1922. Ao todo, são 27 peças vindas de cada uma doa unidades da Federação, todas estilizadas por três artistas plásticos locais que enfatizaram a importância do rádio na vida dos autores e a relação com a cidade em que vivem.
Foram inscritas 81 obras, que receberam um total de 65 mil votos. “É uma mostra viva, que vemos, ouvimos e sentimos”, define o presidente da Abert, Lara Resende. “É a arte através do rádio e o rádio através do tempo. Estaremos, como sempre estivemos, juntos, fortes e em movimento. A radiodifusão é a nossa maior arte”.
Feira Afro em Movimento
Uma realização do Instituto Janelas da Arte, Cidadania e Sustentabilidade com apoio da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), a Feira Afro em Movimento agitará, por dois dias, o Espaço Cultural Renato Russo, da 508 Sul, com produtos ligados à cultura negra. A expectativa é que cerca de mil pessoas passem pelo local neste fim de semana. O evento é resultado de oficinas de capacitação realizadas com afroempreendedores do DF desde março deste ano.
“É um projeto que olha para o todo, ou seja, cultura e geração de emprego, renda e trabalho para a população negra do DF”, observa o coordenador pedagógico da feira, Leandro de Carvalho Nascimento. “Não tem como a gente pensar em reverter o quadro de racismo sem pensar em empoderamento econômico e em fortalecimento da população negra, e é nesse sentido que a gente realiza a feira”.
Cinema
Uma semana rica, repleta de atrações, com mostras, sessões especiais e estreias marca o movimento do Cine Brasília. Uma programação que abraça a diversidade e a inclusão, como é o caso da mostra Tela Negra, que festeja o Mês da Consciência Negra trazendo quatro obras recentes do cinema brasileiro realizadas por diretores, atores e atrizes negros.
São quatro filmes, todos com sessões às 15h30, gratuitamente, a partir desta sexta-feira (25), com intervalo na segunda (,28), por conta do jogo da seleção brasileira. Abre o minifestival o drama baiano Café com Canela, da dupla Ary Rosa e Glenda Nicácio. A trama mostra as agruras e desafios de um casal que vive à sombra de traumas do passado e a perda do filho.
No sábado (26), o destaque é o docudrama brasiliense Branco Sai, Preto Fica, do festejado diretor ceilandense Adirley Queirós, que traça um olhar afetivo e amargo sobre a periferia da cidade a partir de um trágico baile funk. No domingo (27), outro drama, Temporada, percorre a trajetória de personagens do interior de Minas Gerais buscando um lugar ao sol na região metropolitana de Belo Horizonte.
Encerra a mostra Marte Um, primeiro filme de um diretor negro a representar o Brasil no Oscar. Na trama, as peripécias urbanas de uma família negra de classe média baixa na periferia de Contagem (MG). “É uma história sobre uma família brasileira, negra, periférica, lidando com sonhos e obstáculos”, comentou o diretor Gabriel Martins em entrevista à Agência Brasília.
Mais filmes
Duas produções distintas estreiam na programação normal do Cine Brasília, com ingressos a R$ 20 e R$ 10. A primeira delas, Serial Kelly, é uma deliciosa comédia que marca a estreia da cantora Gaby Amarantos como protagonista no cinema. Polêmico, o longa traz como protagonista uma personagem empoderada, senhora dos seus desejos e destino. A produção pode ser conferida nesta sexta, no fim de semana e nos dias 29 e 30, sempre às 20h.
Experimental, Enquanto Estamos Aqui, da dupla Clarissa Campolina e Luiz Pretti, é road movie lírico construído por meio de retalhos de imagens e memórias. O longa pode ser assistido nos dias 26, 27, 29 e 30, sempre às 17h30.
Uma cortesia da embaixada da Argentina, nesta sexta, às 18h, é a exibição em sessão especial do drama argentino Crimes de Família, de Sebastián Schindel. Na trama, a história de Alicia, uma mãe que lida com o fato de que seu filho está preso, acusado de estupro e agressão contra a ex-esposa.
Serviço
→ Feira de Afro em Movimento – sábado e domingo (26 e 27), das 12h às 18h, no Espaço Cultural Renato Russo – 508 Sul. Evento gratuito.
→ Exposição Rádio em Movimento – Galeria térrea do Museu Nacional da República, até o dia 27, das 9h às 18h30. Entrada gratuita.
→ Cine Brasília
* Mês da Consciência Negra, com a mostra Tela Negra, exibindo quatro filmes abordando a temática sempre às 15h30, com entrada gratuita.
* Sessão especial – Crimes de Família, sexta (25), às 18h,com entrada gratuita.
* Estreias: Serial Kelly – sexta (25) e dias 26, 27, 29 e 30, sempre às 20h; e Enquanto Estamos Aqui – dias 26, 27, 29 e 30, sempre às 17h30. Ingressos: R$ 20 e R$ 10.