Ameaça de greve de professores no DF tem conotação política, avaliam especialistas

Brasília - Professores do Distrito Federal fazem assembleia para avaliar e decidir os rumos do movimento grevista (Elza Fiuza / Agência Brasil)

Assembleia deve virar palanque para a presidente do sindicato, pré-candidata do PT ao GDF

A chamada para assembleia e paralisação por parte do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) marcada para esta terça-feira (22), é vista como uma forma de palanque para tentar fortalecer a candidatura de Rosilene Correia ao Governo de Brasília, na visão de especialistas.

Visto que a articulação da greve coincide com a confirmação, no PT, de que a presidente do sindicato dos professores e antiga militante do partido, é pré-candidata ao governo.

Vale lembrar que as aulas presenciais foram retomadas na última segunda-feira (14), e a movimentação do Sinpro com o indicativo de greve deve prejudicar ainda mais a educação das crianças, que ficaram quase dois anos afastadas do convívio escolar.

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Para justificar a greve, os sindicalistas mencionam a “segurança sanitária no ambiente escolar”, como se isso já não estivesse assegurado, além do “combate à reforma administrativa”, projeto engavetado no Congresso há mais de um ano e que só vai valer para as futuras gerações de servidores.

O novo ensino médio, aprovado ainda no governo Michel Temer e finalmente implantado, um avanço  é outro item na lista de pretextos para a proposta de greve.

Para o governador Ibaneis Rocha, o movimento teria uma forte conotação política. Contudo, ele espera uma postura difirente da categoria. “Esperamos que os professores e os profissionais de educação não sejam usados por essa vontade política de prejudicar as nossas crianças e adolescentes. Vejo com muita tristeza [essa intenção de paralisação]”, disse o chefe do Executivo.

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