Há um ano, no dia 2 de março de 2020, o diretor-geral do Departamento de Trânsito do Distrito Federal, Zélio Maia, assumiu a gestão da Autarquia. Dezesseis dias depois fora decretada a pandemia do novo Coronavírus e, com ela, severas medidas restritivas a fim de controlar a disseminação da doença, como por exemplo, o fechamento do órgão.
Diante da situação emergencial, o gestor precisou adotar medidas firmes e inovadoras para superar os desafios impostos pela crise. Além disso, Zélio Maia tinha a missão de transformar a imagem do Detran perante a sociedade, que há muito já vinha desgastada.
Com hora marcada
Com o projeto estruturado no tripé: inovação, educação e humanização, a primeira grande mudança foi implementar o agendamento no atendimento ao público. “A espera de cinco horas na fila para retirar um documento de veículo era, no mínimo, inadmissível”, comenta o diretor-geral, Zélio Maia. E essa quebra de paradigma era só o primeiro passo para a transformação digital que ainda estava por vir.
Era digital
Em agosto do ano passado, o Departamento finalmente entrou na era da tecnologia com o lançamento do novo Portal de Serviços e do aplicativo Detran Digital. Atualmente, as plataformas digitais contam com 390 mil usuários cadastrados e contabilizam 17 milhões de acessos. “Hoje, na palma da mão, com três ou quatro cliques o cidadão consegue alterar o endereço, solicitar a conversão de uma penalidade em advertência, consultar débitos e fazer a emissão de documentos, entre outros serviços”, acrescenta o diretor.
Economia e transparência
Nesses 12 meses de gestão, a transparência e a economicidade sempre foram diretrizes para a criação de procedimentos e rotinas na organização de processos internos, gerando economia nas novas contratações e redução dos valores nas renovações dos contratos já existentes. Somente no contrato de manutenção de veículos, a redução foi em torno de 80%, de R$600 mil por mês praticados na gestão anterior, agora os gastos são de R$120 mil/mês.
Mais ações, menos acidentes
Em relação à fiscalização, o objetivo é retirar das ruas principalmente aqueles condutores que insistem em beber e dirigir. Só com o foco em alcoolemia foram realizadas 529 operações. Mas para o diretor-geral, a meta é conscientizar a população de forma que não haja mais o cometimento de infrações que coloquem em risco a segurança no trânsito.
Dentre as ações voltadas para a preservação da vida, em 2020, foi lançado o projeto Sinalização Horizontal Educativa das Faixas de Pedestre, com a aplicação inicial de 69 adesivos nas faixas de pedestres e previsão total para 2021/2022 de aplicação em mais de 600 faixas.
E no âmbito da Educação de Trânsito, mesmo com todas as limitações impostas pela pandemia, as ações educativas não cessaram. Foram realizadas 141 atividades, atingindo um público de 108.695 mil pessoas, entre ciclistas, pedestres, motociclistas e demais condutores.
O reflexo dessas ações se deu nas estatísticas de acidentes. Em 2020, houve redução de 45% no número de mortes nas vias administradas pela autarquia, contabilizando 53 vítimas contra 96 em 2019. Com isso, o DF ultrapassou a meta de redução de 50% de mortes em acidentes de trânsito determinada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a Década de Segurança Viária (2011 a 2020).
Capacitação de servidores
Pela sua trajetória como professor, o diretor-geral também tem incentivado a capacitação dos servidores, com a promoção de seminários, workshops, cursos, palestras, lives e outras ações. “O Detran-DF, por exemplo, foi o precursor ao promover um seminário para discutir as alterações no Código de Trânsito Brasileiro”, destaca Zélio Maia. Além disso, a fim de promover a melhoria da qualidade de vida no trabalho, pequenas obras foram realizadas nas unidades e algumas ainda estão em andamento. Também foram adquiridas 118 novas viaturas.
Detran cumprindo seu papel social
Outra novidade da gestão foi o lançamento do projeto Habilitação Social, com cinco mil vagas para oferecer habilitação gratuita a pessoas de baixa renda. Preocupado também com a questão ambiental, após anos de ocupação ilegal do Parque Burle Marx, a direção-geral não poupou esforços para devolver à população a área que lhe é de direito e providenciou a desocupação de uma área de 30 mil metros quadrados com remoção de 1.602 veículos do Depósito da Asa Norte (DVA-I).
O futuro é de muito trabalho
Agora com a casa mais organizada, ainda há muitos projetos e realizações pela frente: maior investimento em tecnologias, mais ações integradas entre educação e fiscalização de trânsito, manutenção constante das sinalizações viárias. Esse é o novo Detran, mais transparente e comprometido com o interesse público.