Censo 2022 revela disparidades no acesso à coleta e tratamento de esgoto
O Censo Demográfico 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revela que o Brasil ainda enfrenta desafios no quesito saneamento básico. O acesso à coleta e tratamento de esgoto, por exemplo, é desigual entre as regiões e municípios do país.
Coleta de esgoto: o grande desafio
De acordo com o Censo, 3.505 municípios brasileiros ainda não ofereciam coleta de esgoto para mais da metade da população em 2022. O analista da pesquisa, Bruno Perez, destaca que a coleta de esgoto é o serviço mais difícil de expandir, por demandar uma infraestrutura mais cara.
Desigualdades regionais
O Censo também mostra disparidades regionais no acesso ao saneamento básico. Os estados do Sudeste e do Sul se destacaram na estatística de maior cobertura da rede de esgoto, com tratamento adequado. Já os estados do Norte e Nordeste apresentaram os menores índices de cobertura.
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Municípios com piores e melhores condições
Juarina (TO) e Júlio Borges (PI) foram as cidades que apresentaram as piores condições de saneamento, com 100% da rede de esgoto inadequada. Já Águas de São Pedro (SP), Avanhandava (SP) e São Caetano do Sul (SP) lideraram o ranking com 100% da rede de esgoto em tratamento adequado.
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Mato Grosso do Sul: destaque em evolução
O Mato Grosso do Sul foi o estado que apresentou a maior evolução no acesso à coleta de esgoto entre 2010 e 2022. A proporção da população com acesso ao serviço passou de 37,7% para 72,5%.
Novo Marco Legal do Saneamento: foco na regionalização
A advogada Ariana García, presidente da Comissão de Saneamento da OAB Nacional, destaca a regionalização como ponto principal do Novo Marco Legal do Saneamento. Ela ressalta a importância de considerar os aspectos relacionados à titularidade, ao respeito aos municípios e aos usuários na implementação da regionalização.
Da Redação com informações do Brasil 61