Ministro do TCU fala aos empresários sobre os caminhos da governança na retomada do crescimento

Saber se o Distrito Federal tem projetos de médio e longo prazo em relação às perspectivas de investimentos para a governança, será um dos pontos discutidos pelo ministro Augusto Nardes, com empresários do Lide Brasília, presidido pelo empresário Paulo Octávio.

O ministro do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes, fundador da Rede Governança Brasil, será o palestrante do almoço-debate do Lide Brasília nesta quinta-feira (12). O ministro que abordará o tema: “Os mecanismos de governança na retomada do crescimento econômico brasileiro”, adiantou o que pretende abordar na conversa com empresários e com o governador Ibaneis Rocha (MDB), sobre o que representa a governança, hoje, no Brasil, especialmente no Distrito Federal.

Augusto Nardes vai demonstrar que somente a governança é o único caminho para poder viabilizar o país para uma recuperação econômica. Segundo o ministro do TCU, “a governança dá condições de eficiência, e entrega resultados. Sem governança, não adianta, o país fica atacando em vários setores e não prioriza os pilares da Nação. Temos que ter política de Estado, políticas permanentes no país”, adiantou o especialista.

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O ministro Nardes está num projeto de implantação da Governança Brasil. “Criei uma rede de governança que hoje tem cerca de 500 voluntários, além de ter implantado no TCU a governança. Todo o corpo técnico do Tribunal já tem um decreto de governança a nível nacional, muitos municípios têm governança. Estou trabalhando para implantar a governança em toda a Nação Brasileira, e vou mostrar que a trajetória de implantação da política de governança no País pode viabilizar a nação para o futuro, não somente em projetos estruturantes e que são de desenvolvimento nacional, fundamentais para trazer credibilidade e confiança”.

No entendimento do ministro Augusto Nardes, “sem governança o país não tem confiança, não tem credibilidade e não tem capacidade de buscar investimentos de outras nações, que possam gerar emprego e renda”.

Para Nardes, “o empresário precisa contribuir de forma decisiva, acreditando e apostando no investimento. Para isso, ele precisa ter a confiança de continuidade por parte do governo. O principal ator de um país é um empresário individualmente, mas no coletivo, quem atua para dar condições de investimento é o Estado. Se o Estado não passa essa confiança, se não melhora a estrutura para melhorar a produtividade, seja nas estradas, seja nas telecomunicações, seja na segurança, seja na saúde, enfim, em todos os setores, o empresário fica refém da incapacidade do Estado entregar resultados. Hoje nós ainda somos um Estado lento, um Estado que ainda pretende aperfeiçoar, com mais investimento do setor privado, mas com baixo investimento por parte do Estado. Na infraestrutura, por exemplo, o Estado está conseguindo fazer, porque está fazendo concessões”. Como exemplo, Nardes citou o ministro Tarcísio Gomes de Freitas, que está fazendo concessões: “100 milhões de concessões públicas, está construindo rodovias, ferrovias”.

Segundo Augusto Nardes, “o Estado está com poucos recursos, e se não melhorar esse quadro de estrutura do Estado com os recursos parcos que tem, não terá investimentos. Como consequência, não tem confiança e não atrai investimentos”. Nardes afirmou que considera essencial a implantação da governança como uma questão chave.

Reunião com Ciro Nogueira

Saber se a central de governo vai funcionar para estabelecer as prioridades, os pilares da Nação. Foi o principal ponto da conversa  que o ministro Augusto Nardes teve, na  segunda-feira, com o novo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.

Nardes é relator da política de governança no Brasil. “Quero fazer essa análise com os empresários na quinta-feira (12), para ver como está  a questão do Distrito Federal. Saber se o DF tem projetos de médio e longo prazo em relação às perspectivas de investimentos”.

*Com informações de Edgar Lisboa, Repórter Brasília

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