Pablo não era o único na fila de adoção de Mia. No tribunal havia outros quatro casais na lista de seleção. Mas era a sua vez
Essa é a história do assistente social Pablo Fracchia que tem emocionado a internet. Ele era voluntário da Cruz Vermelha e sempre sonhou em ser pai, mas, acreditava que nunca conseguiria ter um filho por ser homossexual e solteiro.
“Cresci nos anos 1990, pensar em uma família sendo um homem gay era algo impossível na Argentina,” diz Fracchia.
Ativista da causa LGBTQIA+ Fracchia também passou a se envolver com as pautas relacionadas à igualdade no casamento. Algo que, segundo ele, o motivou a alimentar o sonho perdido de formar uma família e de especialmente de ter um filho.
Então “o desejo venceu o medo” e Pablo decidiu seguir em frente e preencher a papelada para dar inicio ao processo de adoção.
Toda a história começou em 2017, mas só dois anos depois notícia que iria mudar a sua vida chegou: um juiz de família ligou e disse que havia uma menina que, na época, tinha 1 ano e 10 meses morando em um hospital, precisando de uma família.
A garotinha tinha um problema gastrointestinal que precisava de tratamentos específicos e a sua família biológica não tinha condições de realizar os cuidados necessários.
Com a situação, o tribunal de família ordenou que Mia [nome da garotinha] fosse enviada para um hospital de acolhimento que o sistema oferece para crianças com problemas de saúde.
Pablo lembra que não era o único na fila de adoção de Mia e conta que no tribunal havia outros quatro casais na lista de seleção. “Eu sou um homem gay e solteiro, não pensei que teria chance”. Por sorte (ou destino), ele foi o escolhido e, logo no dia seguinte, seguiu para o hospital para conhecê-la. “Nós nos abraçamos por muito tempo. Alguns minutos depois, ela apontou para um brinquedo e começou a brincar com ele. Ela meio que acenou para mim para que eu soubesse que ela queria que eu participasse, foi tudo tão natural”, relembra.
O sonho de ser pai se realizou e Mia se tornou a prioridade de Pablo. Com isso, o mais novo papai precisou se afastar das suas atividades sem fins lucrativos.
Para ele que, passou anos da sua vida como voluntário da Cruz Vermelha, deixar a organização foi uma decisão muito difícil. “A ideia de deixar a organização foi extremamente difícil, mas valeu a pena. E eu faria de novo”, afirma.”
Para acompanhar a rotina de Pablo e Mia, você pode segui-los no Instagram, pelo @pablitofrancchia
84 NOTÍCIAS com informações da Revista Crescer