Empregada doméstica transforma anos de vivências em livro que conta sua história de vida

Por décadas, Gil Santos trabalhou como empregada doméstica, acumulando centenas de histórias incríveis para contar – seja das famílias pelas quais ajudou, seja suas experiências pessoas ou tudo aquilo que vivenciou ao longo dos anos

Criada no bairro de Vila de Cava, em Nova Iguaçu (RJ), Gil viu sua vida mudar de cabeça pra baixo após assistir ao filme ‘Histórias Cruzadas’, onde ela teve a ideia de colocar todas essas histórias no papel: nascia o livro ‘Minha vida, minhas histórias’, lançado no mês de agosto.

“A ideia para escrever o livro surgiu depois de eu ter assistido ao filme ‘Histórias cruzadas’, que conta a história de empregadas domésticas. Eu tive que parar de trabalhar porque o menisco do meu joelho estourou. E veio à memória a minha infância até a vida adulta e comecei a colocar tudo no papel. Eu falo da minha história como empregada doméstica e que ainda continuo trabalhando, uma vez por semana. Defendo muito a questão das empregadas e também os direitos dessas profissionais”, descreveu Gil.

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Agora, gerenciando seu tempo, ela divide o trabalho de empregada doméstica com o de escritora, conciliando as duas atividades – e ainda encontrando tempo para atuar em projetos sociais.

Gil é voluntária da “Junta de Missões Mundiais”, que busca ajudar as crianças refugiadas do Oriente Médio, e que conta com médicos, psicólogos e outros profissionais que doam serviços e materiais.

Nos últimos meses, a fluminense se divide entre os projetos ‘Tenda de Brincar’ e ‘A fome no mundo’, participando de missões no estado do Rio e nordeste brasileiro. Gil já participou de outros projetos, como o ‘Livros para Voar’, desenvolvido pela Fundação Educacional e Cultural de Nova Iguaçu (Fenig).

“Eu trabalhei dois anos fora do Brasil e percebi que as pessoas liam muito na Europa. Nós brasileiros lemos muito pouco. Eu vi que a Fenig colocou um tapete para as crianças para incentivar a sentar e ler. Achei superinteressante. Os livros estão circulando pela cidade e fiz doações de livros para o projeto”, afirmou a escritora.

Fonte: Razões Para Acreditar

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