Ano de 2023, país registrou recorde de 13.613 casamentos homoafetivos
O Brasil celebra o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ com um marco histórico: em 2023, os cartórios do país registraram um recorde de 13.613 casamentos entre pessoas do mesmo sexo, um aumento de 23,5% em relação a 2022.
Os dados são da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), entidade que reúne os cartórios responsáveis pelos registros de nascimento, casamento e óbito no país. O levantamento também revela um aumento significativo nas retificações de nome e gênero, demonstrando o avanço da inclusão e a garantia de direitos para a comunidade LGBTQIA+ no Brasil.
Mais casais femininos se casam
A divisão por gênero mostra que os casamentos homoafetivos entre mulheres representam 56,8% do total, com 50.707 celebrações desse tipo em cartório desde 2013 até maio deste ano. Em 2023, foram realizados 7.254 matrimônios entre casais do sexo feminino, um aumento de 9,4% em comparação com 2022.
Já os matrimônios entre casais masculinos representam 43,2% do total, com 38.542 celebrações em cartório de 2013 a maio de 2024. No ano passado, foram 6.358 cerimônias entre homens, um aumento de 44,8% em relação a 2022.
Mudanças de gênero: maioria para feminino
As estatísticas também revelam o aumento das retificações de nome e gênero. Em 2023, foram realizadas 4.156 alterações, um crescimento de 31,3% em relação a 2022. Desde a regulamentação do ato em 2018, já foram feitas 15.374 mudanças de gênero em cartórios brasileiros.
Dentre essas alterações, 53,5% (8.225) foram de masculino para feminino, enquanto 41,9% (6.442) foram de feminino para masculino. Em 707 casos (4,6%), houve apenas mudança de nome, sem alteração de gênero.
Inclusão e reconhecimento de direitos
O presidente da Arpen-Brasil, Gustavo Renato Fiscarelli, destaca o papel dos cartórios como espaços de inclusão e reconhecimento de direitos. “O Cartório de Registro Civil é um serviço inclusivo por natureza. Atendemos todo o universo da população brasileira, e não poderia ser diferente com relação à comunidade LGBTQIA+. Seus direitos pessoais e de família estão consolidados nos cartórios do nosso país”, afirma.
Da Redação com informações da Agência Brasil