A transferência de tecnologia entre a Astrazeneca e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é um passo importante para garantir a autossuficiência do país na produção de imunizantes contra a Covid-19
O Brasil será o primeiro país das Américas a ter uma unidade da Universidade Oxford, segundo informações do Ministério da Saúde. O acordo para trazer a instituição para o país foi firmado entre a universidade e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nesta quinta-feira (27), em Londres, na Inglaterra.
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Com a parceria, Queiroga espera promover a formação de novos pesquisadores e também trabalhar na produção de vacinas e medicamentos. “Vamos formar pesquisadores ainda mais qualificados para atuarem não só na assistência, mas também no fortalecimento do nosso complexo econômico e industrial da saúde.”
Não é de agora que Oxford está em colaboração com o Brasil. A universidade é responsável pelo desenvolvimento e estudos clínicos da vacina Astrazeneca, a mais usada na imunização dos brasileiros, com mais de 113 milhões de doses distribuídas no país, segundo o ministério.
Queiroga também ressalta outro ponto do acordo com a universidade. “Esse compromisso que a instituição tem compartilhado com o Brasil, por meio da pesquisa que culminou com a produção da vacina de Oxford, já fabricada na Fiocruz, é muito importante para o Programa Nacional de Imunização (PNI) do país, que vai se multiplicar com essa unidade no Brasil”, disse.
Ainda segundo informações da pasta, a previsão é de que a unidade seja instalada até o ano que vem. O Instituto Nacional de Cardiologia (INC), localizado no Rio de Janeiro, é um potencial candidato para sediar as atividades de pesquisa no Brasil.
Conexão Brasil-Oxford
A parceria internacional para o desenvolvimento de vacinas foi essencial para o enfrentamento da pandemia no Brasil. A transferência de tecnologia entre a Astrazeneca e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é um passo importante para garantir a autossuficiência do país na produção de imunizantes contra a Covid-19.
Os primeiros lotes do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), matéria-prima para a produção dos imunizantes, produzidos no Brasil foram enviados para testes nos Estados Unidos. As remessas já foram aprovadas nas primeiras análises feitas em Bio-Manguinhos.
Universidade de Oxford
Como a universidade mais antiga do mundo de língua inglesa, Oxford é considerada uma instituição com mais de 900 anos de história. Em seu site oficial, não há uma data clara de fundação, mas o ensino existia em Oxford em meados de 1096 e se desenvolveu rapidamente a partir de 1167, quando Henrique II proibiu os estudantes ingleses de frequentarem a Universidade de Paris.