Brasil terá coração de D. Pedro I nas comemorações da independência

Itamaraty dá entrevista sobre envio do coração de D. Pedro I ao Brasil

Durante o período, estudantes, especialmente os da rede pública, e o público em geral poderão visitar o salão no Itamaraty dedicado à exposição do órgão

O presidente Jair Bolsonaro (PL) receberá o coração de d. Pedro 1º na rampa do Palácio do Planalto, em Brasília, na terça-feira (23). A chegada do “símbolo dos afetos históricos entre Brasil e Portugal”, segundo o embaixador George Monteiro Prata, do Itamaraty, está prevista para as 9h. O órgão do imperador será levado pelo chefe da polícia do Porto, onde o coração está guardado em uma urna de vidro com formol. A cidade portuguesa foi escolhida por d. Pedro 1º em testamento.

O coração foi emprestado ao Brasil a pedido do governo Bolsonaro e deverá ficar no Palácio do Itamaraty, em Brasília, até 8 de setembro, para as comemorações dos 200 anos da Independência brasileira.

Durante o período, estudantes, especialmente os da rede pública, e o público em geral poderão visitar o salão no Itamaraty dedicado à exposição do órgão. As visitas precisam ser agendadas com antecedência.

No evento, os hinos nacional e da independência devem ser tocados, e Bolsonaro discursará como em uma saudação a um chefe de Estado e também como parte da abertura das comemorações do bicentenário.

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Autoridades portuguesas solicitaram ao governo brasileiro que o coração de d. Pedro 1º não ficasse em romaria pelo país e fosse exposto em apenas uma cidade.

O uso político da vinda do coração por Bolsonaro tem recebido críticas. Em 1972, a ditadura militar trouxe os restos mortais de dom Pedro para a celebração dos 150 anos da Independência. Desde então, a ossada do imperador está no Museu do Ipiranga, em São Paulo.

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