A senhora havia ingressado no EJA, mas as aulas não prosseguiram por conta da pandemia
As aulas remotas do neto de 7 anos ajudaram Marlene Hinckel, 63, a ler suas primeiras palavras. Em 2019, Marlene, que mora em Florianópolis (SC), ingressou no EJA (Educação de Jovens e Adultos), porém, as aulas foram interrompidas pela pandemia.
Com Eduardo em tempo integral dentro de casa por conta da pandemia, a filha de Marlene, Karina Hinckel, saiu do emprego para ajudá-lo nos estudos. E para que Helena não se sentisse tão sozinha, Karina e Eduardo passaram a visitar a idosa com mais frequência.
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Visitas se tornaram um momento de aprendizagem
Nessas visitas, Eduardo acompanhava as aulas remotas da escola; foi então que Helena decidiu estudar junto com o neto, que está em processo de alfabetização, para aprender a ler e escrever.
“Nas sextas-feiras havia um projeto da escola onde as crianças liam textos que a professora escolhia e assim, fui lendo os textos e lendo cada dia melhor. Ele logo aprendeu a ler e escrever; já eu, estou tentando [escrever]”, afirma Marlene.
As aulas presenciais de Eduardo já retornaram. Desde então, Helena não tem mais as atividades remotas do neto para acompanhar. Mas não pense que Marlene perdeu a motivação para estudar!
Objetivo é ler e entender
A idosa agora está estudando com a ajuda da filha, enquanto aguarda sua vez de se vacinar contra a Covid-19 e o retorno das aulas do EJA para aprimorar a leitura e a escrita.
“Meu plano é continuar aprendendo a ler. É muito difícil, dá insegurança e, às vezes, parece que esqueço tudo o que aprendi. Mas quero muito um dia pegar um livro e ler sem precisar de alguém para me corrigir. Ler e entender, esse é o objetivo”, conclui.
*Com informações do site Razões Para Acreditar