Queimadas em Brasília: Ação proativa de Ibaneis Rocha vs. críticas de Ricardo Cappelli

Nos últimos dias, o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, tem se destacado mais por suas críticas ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, do que por qualquer ação concreta para enfrentar a crise ambiental que afeta Brasília. Em um momento em que o DF enfrenta uma alarmante escalada de queimadas, a postura de Cappelli revela uma insensibilidade preocupante diante da gravidade da situação.

Descaso com a crise climática

Ao invés de buscar soluções efetivas para conter os incêndios florestais, Ricardo Cappelli opta por ataques políticos, priorizando a crítica ao governo local. Suas manifestações nas redes sociais, em tom de disputa política, desviam a atenção de um problema que exige ação urgente e colaborativa. Atitude que levanta dúvidas sobre suas reais intenções e parece refletir uma estratégia voltada para as eleições de 2026.

Ibaneis Rocha e a ação contra as queimadas

Enquanto Cappelli segue focado em disputas políticas, o governador Ibaneis Rocha tem agido no combate às queimadas. De acordo com o Correio Braziliense, na última semana, o governador do DF anunciou que a Polícia Civil (PCDF) está investigando o possível envolvimento de grileiros nas queimadas que têm atingido áreas florestais do DF. A suspeita é que esses grupos estejam utilizando as queimadas como meio de expandir atividades ilegais de grilagem.

A gravidade dos incêndios no DF

O fogo, iniciado no domingo (15), consumiu 1.473 hectares da vegetação dentro da unidade de conservação gerida pelo ICMBio, em razão do clima quente e seco. O período de estiagem na capital federal já dura 149 dias.

O incêndio foi combatido em três setores do parque definidos como Bananal, Setor Capão Comprido e Eucalipto, além de um setor na Reserva Biológica Contagem. A área do Córrego do Bananal fica próxima a uma unidade de captação de água destinada ao abastecimento do Distrito Federal.

O maior incêndio desde então no Parque Nacional de Brasília ocorreu no ano de 2010, quando 15.678 hectares de vegetação nativa foram queimados. Em 2007, 14.152 hectares foram atingidos pelo fogo. Em 2022, o total da área do parque devastada foi de 11.218 hectares.

Esforços de prevenção e combate

Mesmo diante desse cenário alarmante, o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) tem intensificado seus esforços. Em entrevista ao CB, o comandante do CBMDF, Sandro Gomes, disse que  não há possibilidade de que as chamas tenham origens naturais. Intencionais ou não, as causas são criminosas e constituem uma guerra entre os bombeiros e os autores do crime ambiental.

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