Depoimentos prestados à Polícia Federal (PF) pelos ex-comandantes da Aeronáutica, Carlos Almeida Baptista Júnior, e do Exército, Edson Leal Pujol, revelam detalhes sobre as investidas de Jair Bolsonaro (PL) para atrair o apoio das Forças Armadas a um plano de golpe de Estado em 2022.
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Freire Gomes: o pivô que evitou o golpe
Conforme publicado pela Folha de S.Paulo, Baptista Júnior disse que se o então comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, tivesse concordado com o plano golpista, um golpe teria sido consumado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ex-comandante da FAB relata que Nogueira chegou a ameaçar prender Bolsonaro caso ele tentasse colocar em prática um golpe de Estado.
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A minuta golpista e a omissão do Exército
Baptista Júnior afirma que Bolsonaro o pressionou para que a Aeronáutica apoiasse a minuta de um decreto que instituiria o Estado de Defesa, o que seria o primeiro passo para um golpe. O ex-comandante da FAB resistiu à pressão, mas Nogueira se recusou a se posicionar contra o plano golpista.
PF investiga omissão do Exército
A PF investiga se Nogueira e Pujol cometeram crime de omissão ao não se oporem abertamente ao plano golpista de Bolsonaro. Os dois generais prestaram depoimento à PF em fevereiro, mas ainda não foram indiciados por nenhum crime.
Bolsonaro: condenado e inelegível
O ex-presidente já foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ataques e mentiras sobre o sistema eleitoral e é alvo de diferentes outras investigações no Supremo Tribunal Federal (STF). Neste momento, ele está inelegível ao menos até 2030.
Risco à democracia e futuro incerto
As revelações dos depoimentos dos ex-comandantes da Aeronáutica e do Exército demonstram a gravidade da ameaça que a democracia brasileira enfrentou em 2022. A omissão do Exército e a insistência de Bolsonaro em subverter a ordem constitucional são fatos que devem ser investigados e punidos com rigor.