Deputado Carlos Jordy é um dos alvos da 24ª fase da Operação Lesa Pátria, que investiga atos antidemocráticos no Rio de Janeiro e no DF

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (18) a 24ª fase da Operação Lesa Pátria, com o objetivo de identificar pessoas que planejaram, financiaram e incitaram  os atos antidemocráticos de 8 de janeiro no início do ano passado, no interior do estado do Rio de Janeiro.

Ao todo, estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, nos estados do Rio de Janeiro (8) e no Distrito Federal (2).

Entre os alvos da operação está o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), que é investigado pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime.

Jordy é um dos principais líderes do movimento bolsonarista no Rio de Janeiro. Ele é conhecido por suas declarações polêmicas, que frequentemente incitam a violência contra opositores do governo.

Em um dos atos antidemocráticos investigados pela PF, Jordy discursou para uma multidão em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Em seu discurso, ele acusou o STF de ser “ilegítimo” e “corrupto”. Ele também disse que os ministros do STF deveriam ser “presos”.

A PF também cumpre mandados de busca e apreensão contra outras pessoas que participaram dos atos antidemocráticos. Entre os alvos estão empresários, políticos e integrantes de grupos extremistas.

As investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria é permanente. A PF pode solicitar a prisão preventiva dos investigados, caso encontre elementos suficientes para comprovar a participação deles nos crimes investigados.

Em uma publicação na rede social X, antigo Twitter, classificou  a ação como “uma medida autoritária, sem fundamento, sem indício algum, que somente visa perseguir, intimidar e criar narrativa às vésperas de eleição municipal.”

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