O tenente-coronel do Exército Brasileiro Mauro Cid, que havia desempenhado o papel de Ajudante de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, se recusou a responder perguntas na CPI dos Atos Antidemocráticos, conduzida pela Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Ao ser intimado a depor, Cid exerceu seu direito ao silêncio, respondendo apenas uma pergunta feita pelo parlamentar Deputado Pastor Daniel de Castro.
“O tenente-coronel Mauro Cid perdeu a oportunidade de se defender”, afirmou o Deputado Pastor Daniel de Castro, afiliado ao Partido Progressista. “Ele deveria ter respondido às perguntas da CPI para que pudesse esclarecer sua posição sobre os fatos que estão sendo investigados.”
O parlamentar comentou: “Infelizmente, essa era uma oportunidade para o depoente se defender aqui, como todos têm direito ao devido processo de defesa. No entanto, ele optou pelo silêncio, privando a população de respostas…”Neste dia 24 de agosto, o tenente-coronel Mauro Cid escolheu não prestar depoimento durante a CPI, que visava investigar os eventos ocorridos em 8 de janeiro na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Vestindo seu uniforme militar perante os membros do parlamento, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro realizou uma breve apresentação antes de recusar-se a responder às perguntas formuladas.
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Ele justificou sua decisão com as seguintes palavras: “Sem qualquer intenção de desrespeitar vossas excelências e os trabalhos conduzidos por essa CPI, considerando a minha inequívoca condição de investigado e por orientação da minha defesa técnica, farei uso durante toda essa sessão do meu direito constitucional ao silêncio. “Dessa forma, a sessão da CPI dos Atos Antidemocráticos testemunhou a escolha do tenente-coronel Mauro Cid de não se manifestar perante as indagações dos parlamentares, o que resultou em críticas por parte do Deputado Pastor Daniel de Castro quanto à perda da oportunidade de defesa por parte do depoente.
Para Chico Vigilante (PT), presidente da CPI dos Atos Antidemocráticos, o depoente Mauro Cid, em seu legítimo direito, não quis se pronunciar. “Deixo claro que, assim que decidir compartilhar conosco o seu depoimento, estaremos prontos para ouvir. E extremamente importante a sua contribuição e é fundamental que o Brasil tenha acesso à verdade!”